quarta-feira, 10 de agosto de 2011

É importante dizer, algum tempo depois da minha pequena saída avoada, que eu não perdi fé na escrita. Voltei a ganhá-la, se for preciso. Aquilo em que já não acredito, e o tempo de afastamento ainda me fez acreditar mais, é em ser lida.
Eu explicava isto tintim por tintim, mas de momento não me apetece.
O meu template é que é muito, muito giro. What a waste.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

sábado, 7 de maio de 2011

Esta casa de espectáculos encerra. A gerente vai percorrer um caminho estreito e solitário em direcção à iluminação espiritual.

Porque eu estou farta fartinha enfastiada do exibicionismo e autismo cibernético. Vou entreter a minha obsessão com a aprovação estrangeira num sítio muito menos obnóxio para esses fins, o Tumblr, e vou ocupar-me a responder em vez de falar para o ar em outros sítios.

Quem tiver saudades minhas pode escrever-me para o meu e-mail, pode ser um "Olá" morgado, no assunto e no corpo da mensagem, não sou exigente nem pouco acessível.  

sexta-feira, 22 de abril de 2011

This Has Been Fringe Week, Bitches

Totalmente subaproveitada pelo meu fantástico mau humor e desorientação, que bate recordes históricos.
Ahem, a seguir segue-se um post com elevado teor de links para o tvtropes.

Hoje deu os dois episódios finais da primeira temporada nas maratonas de férias em horário de desocupados da 2 [isto é uma instituição; talvez a devesse escrever Maratonas de Férias em Horário de Desocupados do Canal 2, com um ® ou um ©]. Não sei se é da televisão, se é ausência de neuroses shipperianas, mas FUCK YEY!, a final da primeira temporada é fantástica. The Road Not Taken deve ser o meu episódio favorito.
Aliás, do fundinho do pedacinho da minha mente que ainda consegue fabricar anticorpos mentais contra esta série, eu gostava muito mais da primeira temporada. Tinha outro tema, tinha outro ambiente - que se perdeu pelo caminho. Tinha uma estética própria (o cabelo da Agente Dunham, o cabelo da Agente Dunham), episódios que pareciam efectivamente um buraco de uma hora no nosso horário e com um caminho que não podia ser resumido, e uma maneira meia adorável de nos fazer sentir estranhos ao programa, não excessivamente familiares (que deve ser a razão que quando se dá por ela é-se uma fangirl passada dos carretos).

Havendo juízo da minha parte, posso apontar que o Fringe falhou em quase todos os Jumping The Shark que quis fazer. Havendo muito juízo, posso dizer que o Fringe foi comido pelo maldito tubarão desde o momento em que pintaram o cabelo da Anna Torv (ver identidade estética acima):
  1. The Polivia thing. O acto de shipping é um buraco negro, e a energia tem que ser sugada de algum lado. Equilibrou-se bem na primeira temporada. E embora eu admita que o potencial para catástrofe apenas cresça com o tempo, neste tipo de shipping clássico, e que também não saiba como raio é que eles deviam ter conseguido contornar isto, a coisa está completamente descontrolada e comeu metade da terceira temporada. Eu não devia estar feliz, e com o tempo e alguma maturidade hei-de conseguir chegar a esse ponto.
  2. The "embracing the sci-fi" thing. Isto aparece em todas as "recomendações" dos media, e é mais treta que qualquer discurso recente do Sócrates. A parte da ficção científica deste programa anda a definhar à fome desde o Princípio de Exclusão de Pauli conheceu globos de neve. E na terceira temporada apenas tem servido como desculpas para fazer andar uma história a metro¹, sem a mais pequena consideração por nos estarem a enforcar a descrença. PORQUE A SÉRIO, NA PRIMEIRA TEMPORADA, UMA RAPARIGA GRÁVIDA, QUE ANDOU A CRUZAR UNIVERSOS DURANTE REFERIDA GRAVIDEZ (o que, sei lá, nas séries passadas foi posto como sendo genericamente mau para a saúde), COM UMA DOENÇA QUE PROVOCA A MORTE DURANTE O PARTO, CUJA GRAVIDEZ FOI ACELERADA COM TÉCNICAS EXPERIMENTAIS MARADAS, E QUE FOGE DAS PESSOAS QUE A ESTÃO A FAZER A REFERIDO INTERVENÇÃO MARADA, NÃO TERIA SIMPLESMENTE (muito simplesmente, diga-se, se aquilo foi uma relação de causa-efeito eu gostaria de uma intervenção daquelas para a minha futura hipotética gravidez) O PUTO E SE SENTARIA DALI A UMAS HORAS A ADMIRAR A CRIANÇA, FANTÁSTICA DA VIDINHA. [E não estou a defender que ela devia ter morrido; não, se os senhores escritores quiseram seguir com a via do bebé, que se amanhem com isso. Apenas estou a dizer que seria apenas razoável presumir que ela não estaria capaz de andar durante um mês ou dois.] Moral da história: na primeira série aconteciam coisas incríveis e pouco razoáveis, mas produziam mortes horríveis e não finais cor-de-rosa. Isto está a virar uma selva de crime sem castigo! (Matchpoint anyone?)
  3. The "seeing the other side as good people" thing. Era um objectivo venerável. Não era nada que nós, caros visualizadores do programa em questão, não conseguíssemos congeminar sozinhos, por quem nos tomais, ó produtores? Até os livros do Eragon falam disto (em grande detalhe, ou não conseguisse o livro ter uma razão descrição/história bastante aproximada à do Twilight). Portanto, nada contra, embora ache que se a culpa fosse claramente mais de um lado que de outro seria na verdade mais original (porque, mais uma vez, o cinzento já está mais que batido). O que acontece é que a tentativa é tão desajeitada que dói, e está a prejudicar seriamente a caracterização. Tentar humanizar a Altlivia foi tão declarado como desastrado, o que é sempre uma mistura palerma. A Altlivia, com a sua confiança e a sua boa vida, era uma personagem que entretinha e que era excelente para quebrar (eu juro que não sou sádica); traçar uma trajectória semelhante à da Olivia, enquanto a Olivia conseguia traçar a sua trajectória de volta, teria sido interessante. Quanto ao Walternate, todas as acções espontâneas dele foram típicas de um vilão, mas é suposto que uma totalmente out-of-the-blue, injustificada e incrivelmente inflexível recusa em fazer testes de drogas em crianças nos amoleça (no contexto, não faz, está bem?) . I'M NOT BUYING THIS SHIT.
  4. Charlie, eu não sei porque te foste e reconheço que a tua morte foi bastante inesperada (o que é bom, certo?), mas esta Fringe Division está completamente desequilibrada sem ti.